quinta-feira, 17 de maio de 2012

A importância das chefias


Durante o "Dia Contacto" da Sonae, que reúne os estagiários escolhidos no âmbito do programa com o mesmo nome, foi-lhes pedido que escolhessem o que entendiam ser as prioridades numa empresa.

Eis o top 10 destes jovens:
  1. oportunidades de carreira
  2. desenvolvimento individual
  3. estabilidade
  4. remuneração salarial
  5. equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
  6. reconhecimento
  7. qualidade das chefias
  8. formação
  9. clima de cooperação
  10. qualidade dos produtos
O director executivo da Sonae, Paulo Azevedo, não gostou e não esteve com papas na língua: a sua geração talvez escolhesse as mesmas referências, mas ele próprio "daria mais importância à qualidade das chefias".
Lembrou o seu primeiro chefe na empresa, Carlos Moreira da Silva, e que "a qualidade da chefia acaba por envolver diversos factores, como a preocupação com a qualidade da formação e novos desafios. (...) A estabilidade era aquela a que daria menos valor na fase em que vocês estão. (...) Não é boa ideia, em nenhuma organização, ter um mau chefe. A estabilidade não vale isso".

Paulo Azevedo começou a trabalhar na Sonae numa categoria inferior e foi subindo pouco a pouco no grupo até chegar a director executivo. É o mais novo dos três filhos de Belmiro de Azevedo.
O irmão mais velho, Nuno, dedicou-se à área sócio-cultural, trabalha na Fundação Belmiro de Azevedo e ocupa uma posição de menor relevo no grupo Sonae. Foi no website desta fundação que encontrámos palavras elogiosas para um professor do ensino primário:

"Belmiro de Azevedo estudou na Escola Primária de Tuías, onde foi aluno do Professor Carlos da Silva Andrade, uma das pessoas que mais o marcou na sua formação. Nas palavras de Belmiro de Azevedo, aquele "era um professor que exigia muito trabalho, muito rigor, muita disciplina e não tolerava o erro". Complementarmente, e relativamente a si próprio, define-se como "um viciado na educação e tinha muita facilidade em aprender. Fazia isso com pouco esforço, comparativamente com outros colegas. E, além do mais, assumi o rigor do professor. A certa altura era quase uma questão de saber se era o professor que era mais rigoroso comigo ou eu com ele. Éramos dois maníacos do rigor, do zero erros, da perfeição completa"."

Se houvesse muitos professores como este, não precisávamos de ler estas tristes notícias.


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