quarta-feira, 31 de outubro de 2012

OE 2013 aprovado na generalidade


O debate do Orçamento do Estado para 2013 começou ontem no parlamento com este discurso de meia-hora onde o primeiro-ministro Passos Coelho lembrou que o documento em discussão é o possível para um país que se encontra a cumprir um programa de assistência económica e financeira supervisionado pelo FMI/BCE/UE:



No final desta manhã, o OE 2013 foi aprovado na generalidade pelos deputados da maioria PSD/CDS-PP. Votaram contra todos os deputados da oposição — PS, PCP, Verdes e BE — e Rui Barreto, deputado centrista eleito pelo círculo da Madeira:





Paulo Portas havia avisado, antes da votação do mais conturbado orçamento de Estado de que há memória, que não seriam aceites dissensões: "Não me intrometo nas decisões de voto do CDS da Madeira sobre o Orçamento da Madeira, no parlamento da Madeira. Respeito a autonomia que os nossos estatutos também consagram. Mas em questões nacionais protegerei sempre, no partido e no País, o princípio da integridade e da unidade territorial".

Entretanto, dentro do hemiciclo, as bancadas do PCP e do BE criticavam a decisão da presidente da Assembleia da República de passar imediatamente para a sessão de encerramento, sem interromper os trabalhos para a hora de almoço.
O PCP e o BE chegaram mesmo a requerer uma sessão da parte da tarde que foi reprovada pela maioria PSD/CDS-PP e teve a abstenção do PS, mas contou com o voto a favor de 16 deputados socialistas — Paulo Campos, Luísa Salgueiro, Maria Antónia Almeida Santos, Vieira da Silva, Eduardo Cabrita, Mário Ruivo, Sónia Fertuzinhos, Ana Paula Vitorino e José Lello, entre outros.

Pelas 15h chegaram às portas do parlamento as manifestações da Frente Comum dos Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Pública e do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), da Fenprof e dos estivadores em greve há várias semanas. Enquanto Arménio Carlos, líder da CGTP, discursava em frente do parlamento, os estivadores foram bloquear a saída dos carros dos deputados. Como se tornou habitual, os manifestantes vão permanecer no local pela noite dentro e estão a provocar incidentes com a polícia:


31.10.2012

De elogiar a serenidade dos elementos da PSP perante o extravasar de tensões dos manifestantes e este comentário pertinente:


André Afonso. 31.10.2012 22:35 Via Facebook
Vigilância...
Não acho mal de todo, mas onde estava esta gente no tempo do Sócrates? A bater-lhe palmas, possivelmente, enquanto ele levava o país para o fundinho do buraco. Portugal precisa de uma democracia plena, adulta e responsável, de uma limpeza total de políticos corruptos. De outro PREC não precisamos.


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