quinta-feira, 11 de julho de 2013

PS rejeita acordo para salvação nacional


O partido socialista discorda politicamente da decisão do Presidente da República de não convocar eleições para Setembro.
O PS decidiu não apoiar, nem fazer parte de um governo até Junho de 2014, data do fim do Programa de Ajustamento Financeiro — que os socialistas negociaram com a troika CE/BCE/FMI e também assinaram — proposta implicitamente por Cavaco Silva para realização de eleições antecipadas:



10 Jul, 2013, 21:49


Aproveitando as boas sondagens, os socialistas podem insistir em eleições antecipadas em Setembro, não se importando com a instabilidade que vão provocar e a consequente subida das taxas de juro dos empréstimos que o Estado vai continuar a pedir para financiar a dívida pública e os empresários para financiar as suas empresas.

Mas que fique claro, eleições antecipadas serão pagas com mais reduções dos salários na função pública e das pensões e mais impostos sobre todos os portugueses, em geral.

Para o cidadão comum tanto faz que estejam no poder os boys rosa ou os laranja. Veja-se o caso de Alberto Martins: este senhor advogado que veio ler a reacção dos socialistas foi um péssimo ministro da Justiça, no segundo governo de José Sócrates, e ficou famoso por ter permitido o pagamento indevido de 72 mil euros à mulher e por uma ambulância do INEM, em serviço de urgência a uma idosa com suspeitas de estar a sofrer um enfarte, ser obrigada a abandonar a rua onde se encontrava para deixar passar o seu carro.

Para os portugueses o que interessa é baixas taxas de juro nos empréstimos que o Estado e as empresas têm de contrair para se financiarem. O que queremos é o bem-estar do País pois isso acarreta bem-estar para a população.

Já para aqueles que vivem da política não é indiferente estar o partido socialista ou o partido social-democrata à frente das sondagens.
Mas nem PS, nem PSD vão ter maioria absoluta em futuras eleições e, portanto, terão sempre de fazer coligações com outros partidos.
Ora o PS não pode coligar-se com o PCP ou com o Bloco de Esquerda porque são partidos que defendem a saída de Portugal da zona euro, o que é inaceitável porque é a região com recursos humanos mais qualificados e, consequentemente, a mais rica do mundo. Perder o euro, seria perder todo o bem-estar que uma moeda forte proporcionou aos portugueses na primeira década do seculo XXI. Houve excessos que o programa de assistência financeira procurou corrigir.
E o PSD não pode coligar-se com o CDS enquanto for dirigido pelo irresponsável Paulo Portas que atirou o País para uma crise política durante a vigência de um programa de assistência financeira.

Portando PS e PSD vão ter mesmo que se coligar em resultado de eleições, quer ocorram em Setembro de 2013, quer em Junho de 2014. Se os socialistas querem eleições em Setembro é unicamente para impedirem o PSD de capitalizar o facto de ter levado o País de regresso aos mercados fianceiros e obterem mais alguns lugares nas autarquias e no parlamento, o País que se lixe.

Se Seguro e os socialistas puserem o interesse partidário acima do interesse nacional e insistirem em eleições legislativas antes do fim do Programa de Assistência Financeira — Junho de 2014 — para continuarem com as suas promessas irrealistas a fim de obterem mais mandatos nas autarquias e mais lugares no parlamento, podem estar seguros que o eleitorado culto, pelo menos, dar-lhes-á nessas eleições a resposta que tal atitude merece.


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