sexta-feira, 4 de abril de 2014

In Memoriam Eugénia Lima


Eugénia Lima (1926-2014)


Natural de Castelo Branco, era filha de Mário António de Lima, um afinador de acordeões.

A primeira actuação profissional desta notável acordeonista aconteceu no Cinema-Teatro Vaz Preto, em Castelo Branco, quando tinha quatro anos.
Em 1935, tocou pela primeira vez na rádio, num programa de folclore da Beira Baixa da Emissora Nacional.
A partir de 1936, a carreira profissional de Eugénia Lima, então com dez anos de idade, parou pois as leis vigentes no País não permitiam a actuação de artistas menores em casas de espectáculos.

Tendo-lhe sido recusada a entrada no Conservatório Nacional de Lisboa, aos 13 anos, porque o acordeão não era ensinado naquele estabelecimento de ensino — o acordeão era o piano dos pobres —, dois músicos da Banda Militar de Castelo Branco foram os seus professores de música.

Aos 15 anos, com uma autorização especial emanada da Presidência da República, actuou no Casino do Estoril, com enorme sucesso, e não mais parou.

Em 1947 venceu o concurso de acordeonistas da Emissora Nacional e deslocou-se a França para realizar vários recitais a convite da então famosa fábrica de acordeões "Fratelli Crosio".

Aos 30 anos fundou a Orquestra Típica Albicastrense e aos 55 anos foi diplomada com o Curso Superior de Acordeão, na Categoria de Professora, pelo Conservatório de Acordeão de Paris. Actuou na Bélgica, Áustria, Venezuela, Brasil, Argentina, Canadá e Estados Unidos da América.

Ao longo da sua carreira, gravou mais de uma dezena de discos com temas populares, de diversos compositores, versões para acordeão e várias composições de sua autoria.







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