domingo, 22 de junho de 2014

Vacuidades


"É deste estado de descrença que temos de resgatar o país, temos de resgatar o país destas vistas curtas, temos de resgatar o país desta falta de esperança, temos de resgatar o país desta falta de futuro, temos de resgatar o país para devolver a cada portuguesa e português, às universidades, empresas e agricultores a esperança, ambição e confiança no futuro de Portugal", disse António Costa este domingo, durante o discurso de apresentação da sua candidatura à liderança do PS, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

Costa frisou que "tem de haver vida" para além da visão de curto prazo em que este Governo se deixou bloquear e está a bloquear o país. "E temos de ser muito claros, mais duro do que os sacrifícios que hoje estamos a sofrer, temos de ter a noção que estamos a sofrer sem que o Governo tenha qualquer coisa para apresentar com sentido de esperança e futuro", disse.

O socialista acrescentou que é necessário olhar o país a dez anos de distância e construir uma agenda e estratégia assente na valorização dos recursos humanos, modernização do tecido empresarial e administração pública, investindo na cultura, ciência e educação e reforçando a coesão social.

*

Neste discurso, António Costa trouxe à memória o tristemente célebre "Há mais vida para além do défice" de Jorge Sampaio, uma via seguida pelos governos Sócrates que conduziram o País ao pedido de assistência financeira externa em 2011. E ficou agarrado a frases vazias e propaganda velha de quatro décadas.
Costa parece ser apenas a derradeira oportunidade de manutenção dos lugares, nas listas socialistas para as eleições legislativas de 2015, para muitos deputados da bancada escolhida há três anos por José Sócrates.
Fala em mudança. Mas até agora a única proposta concreta de mudança que fez é a de secretário-geral do PS. Tudo o resto é para manter, inclusive as listas de candidatos blindadas e a manutenção dos 230 lugares no parlamento, o limite máximo permitido pela Constituição. Mais parece o defensor dos interesses instalados na política portuguesa.

Pelo contrário, António José Seguro quer mudar o sistema eleitoral, permitindo a redução do número de deputados para 180 e a possibilidade de votação em listas abertas, em que os eleitores podem escolher um candidato fora da ordenação das listas. Já está a fazê-lo dentro do PS com as eleições primárias de Setembro e vai prosseguir para o País, se a maioria PSD-CDS aceitar a mudança da lei eleitoral, aproximando e responsabilizando os eleitos perante os eleitores.

A notícia no Negócios mereceu estes comentários:

Anónimo
22 Junho 2014 - 21:18
Costa quer um ps forte para resgatar o País do resgate que o ps pediu e obrigou o País. Porque da bancarrota que ps criou, e da qual o Costa se orgulha, o País já foi resgatado, agora já podem trabalhar para a 4ª bancarrota da história do ps.

Anónimo
22 Junho 2014 - 21:40
Este costa encontrou na câmara de Lisboa um trampolim para saltar para 1º ministro ou para a presidência da República, mas não faz a mínima ideia o que é governar um país. É duvidoso que saiba como se governa uma casa. O Sampaio também utilizou o mesmo estratagema e depois revelou-se a maior nulidade que a história deste país já produziu.
Estes homens movidos pelo ego causam danos aos países que têm que ser pagos por várias gerações. Porque sabem que vão ficar impunes rodeados de mordomias, quais Monarcas reformados.

PR1967
22 Junho 2014 - 22:19
António Costa é cada vez mais uma decepção.
Além de oportunista, é alguém que não demonstra qualquer ideia e irá fazer todas as piruetas pelo poder.
Agora cola-se à esquerda.
Se ganhar, o partido encosta-se à direita.
Se for primeiro ministro, ajoelha-se perante a troika.
Um traste!


Sem comentários:

Enviar um comentário