domingo, 20 de julho de 2014

A entrevista de António Costa ao Público


Os salários da função pública e as pensões foram reduzidos. Longe vão os tempos de Janeiro de 2011 em que tínhamos de aceitar empréstimos com juros agiotas de 6,7% e maturidades de 10 anos. Regressámos aos mercados financeiros, há dinheiro com fartura, as taxas de juro diminuíram para metade e as maturidades elevaram-se para décadas. Os socialistas querem voltar ao poder.





Para António Costa o tratado orçamental, que impõe um défice de 0.5% e uma dívida em torno dos 60% do PIB não é um obstáculo: adapta-se.

Define como prioridade o crescimento económico e a diminuição do desemprego pela via do aumento do consumo interno e do relançamento das energias renováveis. Mais PPPs?

Reconhece a falta de qualificações da população e critica, em especial, o desaparecimento da formação de adultos. Vai regressar o programa "novas oportunidades" e a distribuição de diplomas inúteis?

Seguro pode contar com um lugar nas listas para as eleições legislativas de 2015 e Guterres é um bom nome para candidato à presidência da República. A família toda reunida. Vamos voltar a 2005 e reviver a penosa última década?

Quem se queira assustar pode ler aqui parte da entrevista. Costa escolheu um cenário faustoso da câmara municipal de Lisboa a fazer jus à crítica corrosiva que o retrata como "Inércio, o alcaide que queria ser rei".

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Um comentário bem-humorado à entrevista de Costa:

José Emílio Ribeiro
20/07/2014 18:15
O António Costa terá as suas razões. Mas o único privilégio que vejo no Guterres seria a multiplicação dos Coelhones, dos Varas, dos Penedos, dos Pedrosos e tutti quanti que, juntos, dariam azo ao anti-tríptico de Vicente de Fora. Com os Painéis de Vicente de Fora imortalizou-se o nascimento de um País Global, com o anti-tríptico celebrar-se-iam as exéquias desse país. Abrenúncio, t'arrenego Satanás.


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