domingo, 21 de junho de 2015

Entrevista de Henrique Neto ao Jornal i


Numa longa entrevista concedida ao Jornal i na sua casa em Lisboa, sem a presença de assessores ou conselheiros, o candidato presidencial Henrique Neto alerta que os partidos estão a fazer promessas que podem não conseguir cumprir.


Henrique Neto por uma nova república.


Se for eleito, será o primeiro Presidente da República que não é doutor nem professor e que foi operário...
E que não é de nenhum partido...

Vai utilizar essas características como trunfos na campanha?
Vou, claro. O facto de ter sido operário ou não ser doutor, não creio que seja uma questão muito relevante do ponto de vista político. Mas não ter o apoio de partidos tem um significado. Um dos grandes problemas da democracia portuguesa, nos últimos 20 anos, foi os partidos terem cerceado a liberdade dos cidadãos e essa menor participação das pessoas tem como consequência a degradação da vida pública, nomeadamente do ponto de vista ético, do ponto de vista do crescimento da corrupção, dos interesses, da relação promíscua entre os negócios e a política.

É de prever que, se for eleito, tenha uma relação difícil com os partidos.
Espero que não. Se os partidos políticos compreenderem que têm em Belém um Presidente que não vai fazer cedências e que não vai assistir impávido e sereno a políticas que são prejudiciais para o interesse nacional, como tem acontecido, tentarão acertar o passo com aquilo que o Presidente considerar necessário. Não se trata de dirigir a política portuguesa, mas de evitar erros que sejam prejudiciais para a economia ou para o prestígio de Portugal no mundo.

Cavaco Silva não tentou evitar esses erros?
Não. A última intervenção que fez no 10 de Junho é a prova disso. Eu tenho uma grande preocupação com a questão dos comportamentos. Há comportamentos desviantes, há comportamentos pouco correctos na sociedade portuguesa — e na política em particular — que têm de ser mudados. Nesta última intervenção, o Presidente da República fez aquilo que já tinha sido iniciado pelo primeiro-ministro quando elogiou Dias Loureiro. O Presidente reincidiu de duas formas: por um lado, chamando “pessimistas profissionais” àquelas pessoas que, no fundo, avisaram a Presidência da República e o governo, durante os últimos anos, dos erros que estavam a ser cometidos nas finanças públicas, no endividamento, nas PPP...

Criticou os profissionais da descrença e os profetas do miserabilismo.
Sim. Aqueles que se bateram por um país mais decente são acusados de pessimismo. Ao mesmo tempo, pessoas que tiveram um papel relevante no empobrecimento, com uma política financeira trágica para o país, como foi o caso do ministro Teixeira dos Santos, são condecoradas. E, por exemplo, o prof. Campos e Cunha, que teve um acto de coragem logo no início da governação, porque teve a hombridade e a coragem de sair quando se apercebeu de que o governo estava a caminhar no sentido contrário ao interesse nacional, foi esquecido.

Mas o Presidente não fez nenhuma referência a Dias Loureiro.
Mas em relação ao Dias Loureiro, quem é que não sabia o passado dele quando o Presidente da República o fez membro do Conselho de Estado? E depois manteve-o lá, mesmo depois de estar a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República. Este Presidente presidiu durante estes anos a uma das mais trágicas situações que o nosso país viveu em cem anos. Uma crise com proporções trágicas. Com cortes de pensões, cortes de ordenados, desemprego elevado. Isso tudo foi consequência de uma governação aventureira e o Presidente da República assistiu a tudo isto calado. E muitas vezes até enganou os portugueses, como aconteceu no caso do BES, sobre a PT... Tudo coisas que aconteceram e a que um Presidente não pode assistir como se não fossem com ele.

Acha que o Presidente da República devia ter mais poderes? Cavaco Silva tentou, por exemplo, que os partidos fizessem compromissos e nunca o conseguiu.
Isso só serviu para desvalorizar a palavra do Presidente. O Presidente poderia, em vez de dizer “entendam-se”, apresentar uma base estratégica de acordo, semelhante àquela que eu apresentei, a dizer para onde é que o país vai nos próximos 10 ou 15 anos. É provável que os partidos tivessem mais dificuldades em não se entender.

O Presidente não está a ultrapassar os seus poderes se apresentar uma estratégia que condiciona as políticas dos governos?
O governo só a segue se quiser. Os portugueses lêem essa estratégia e julgam se quem tem razão é o Presidente ou os partidos. E isso era importante, porque todo o poder, desde o 25 de Abril, tem estado entregue aos partidos. Tudo passa pelos partidos. Se esse caminho tivesse resultado e estivéssemos numa situação próspera como, por exemplo, a Irlanda, era sinal de que os partidos estariam a fazer um bom trabalho, mas não é isso que acontece. O país está a viver uma crise que não vai passar de um dia para o outro.

Os programas da coligação e do PS têm boas soluções para ultrapassar a crise?
Os programas são até relativamente parecidos.

Preferia que ganhasse o PS?
Naturalmente.

Algumas pessoas do PS reagiram à sua candidatura com alguma agressividade e até com algum desprezo. O ex-ministro Santos Silva escreveu que “os bobos estão a ocupar a cena”.
O PS, infelizmente, mantém em cena pessoas que se desacreditaram na governação. As pessoas podem ter muito boa vontade em relação ao partido, e eu tenho, mas contra a realidade é muito difícil esgrimir argumentos. São factos — e contra factos não há argumentos.

Nunca deu sequer o benefício da dúvida a Sócrates. Desde que ele chegou à liderança do partido que o critica.
Não. Não dei. Eu sabia o que se estava a passar, conhecia suficientemente a personagem para saber que ele tinha características que não eram próprias de um primeiro-ministro. Se as políticas fossem diferentes, eu teria apoiado. Se em vez de tanta auto-estrada se tivesse apostado na via férrea, eu teria apoiado.

Tem alguma convicção sobre se José Sócrates é culpado ou inocente?
Não faço ideia se vai ser condenado na justiça, mas sei que é culpado pela forma como conduziu o país e o prejuízo que o país teve por meros actos de governação. Foi a maior destruição de riqueza do Portugal moderno. Não há sobre isso nenhuma dúvida. É evidente que um primeiro-ministro corrupto é uma coisa impensável.

Concorda com o discurso do PSD de que Sócrates é o culpado pela crise que o país atravessa?
Concordo porque é uma evidência. Claro que o PSD tem objectivos ideológicos em reduzir o valor do trabalho, em favorecer os sectores da sociedade mais privilegiados. Eu sei disso. Mas isso foi muito facilitado pela situação em que o país foi deixado pelos governos anteriores.

E também concorda que o país está melhor do que em 2011?
O país está melhor do ponto de vista da credibilidade das finanças públicas, da credibilidade internacional, mas isso deve-se essencialmente a acções do Banco Central Europeu, e não tanto deste governo. E essa maior credibilidade pode ser alterada de um momento para o outro, seja por causa da situação da Grécia, seja pela subida de juros.

Os partidos estão a fazer promessas que não sabem se têm condições para cumprir?
Não tenho a certeza que, quer a coligação, quer o PS, as possam cumprir, principalmente porque eles baseiam tudo na gestão da situação como existe e não numa alteração da situação, nomeadamente a situação económica. Para mim é impensável que o país possa continuar a crescer 0,5 ou 1% mais 12 anos, em cima de 12 anos em que não cresceu praticamente nada.

Teria consequências complicadas?
Se isso acontecer, os portugueses vão ter enormes dificuldades. Não sei o que pode acontecer e fico preocupado porque nem a coligação nem o PS apresentam ideias claras para o crescimento da economia. O PS espera que a economia cresça através de alguma animação do mercado interno. Eu tenho muitas dúvidas dessa animação. Não acredito que Portugal possa resolver os seus problemas antes de ter 60% do PIB em exportações.

É possível acabar com a austeridade nos próximos anos?
Se houver crescimento económico digno desse nome, à volta dos 3% ou 4%, como acontece na Irlanda, é fácil fazer toda essa reposição. Se não crescer, não vai ser fácil. E, portanto, as promessas são baseadas numa certa manipulação dos dados existentes.

Os partidos são geralmente optimistas nas campanhas. Sempre foi assim.
Há muitos anos que são optimistas. E se o optimismo tivesse demonstrado a sua validade, todos quereríamos dar razão ao Presidente da República ou aos partidos. Optimistas devem estar os irlandeses, a crescer a 4% ao ano. Tiveram políticas que, no fundo, eram aquelas que eu sempre defendi. Fiz duas moções aos congressos do PS, há 15 anos, em que dei a Irlanda como exemplo a seguir. Quinze anos depois, basta olhar para a economia irlandesa.

No PS diz-se que foi crítico de António Guterres porque ele não o convidou para o governo. Jorge Coelho diz que “ao não o ter convidado, o Guterres arranjou um inimigo para a vida inteira”.
Esses ditos do Jorge Coelho e de outros provam a mediocridade de quem os diz. Eu não podia ser ministro, mesmo que quisesse. E disse isso ao Guterres. Mas não é isso que conta. O que conta é o que eu disse e escrevi. Eles têm de julgar se o que eu disse, ao longo de 15 anos, estava certo ou errado. Fiz propostas, estão escritas.

Nunca pensou em sair do PS quando estava isolado? Sócrates tinha o apoio de 90% dos militantes...
Não, não. Continuei porque tenho razão. Se eu tivesse estado calado, como outros que agora são candidatos, não me candidatava agora à Presidência da República. Se eu tivesse ficado a assistir ao descalabro do país sem dizer nada, ia candidatar-me para quê? A minha candidatura baseia-se na convicção de que tive razão e gostaria, nesta campanha, que as pessoas me dissessem onde é que eu errei.

O facto de ter sido deputado e dirigente do PS e de ter conhecido a política por dentro foi determinante para a opinião que tem hoje sobre os partidos?
Foi. Dois anos depois de estar no parlamento, eu já dizia que não queria continuar. As cartas estão viciadas no parlamento. Disse isso, mas agora dizem que eu queria continuar. O que é espantoso é que as pessoas julgam-me a mim com os critérios que eles próprios têm. Como a única coisa que querem é ocupar lugares, acham que toda a gente tem a mesma motivação. Eu não tenho.

Não vale a pena ser deputado? Não se consegue mudar nada?
Vale a pena, se verdadeiramente se representar os portugueses. Se houver uma relação directa entre o eleitor e o eleito. Se o eleitor puder escolher o seu deputado e o deputado souber que, se não defender os interesses dos seus eleitores, não vai ser reeleito.

O Presidente da República deve impor aos partidos uma reforma no sistema político?
Impor, não posso. Vou defendê-la com convicção. Vou bater-me por isso.

Os partidos nunca a conseguiram fazer e provavelmente não a vão fazer tão cedo?
Não, mas o Presidente da República tem de ter sempre como seu aliado o povo português, e o povo português já percebeu isso muito bem, daí que surjam por todo o lado grupos de cidadãos. Os partidos políticos, em Portugal, não representam os cidadãos. Por isso é que os cidadãos andam a encontrar outras formas de representação.

Será uma espécie de candidato do povo?
Sim, quando digo que os poderes do Presidente são suficientes é porque acho que a aliança com o povo permitirá ao Presidente, sem populismo e sem demagogia, convencer os governos a enveredar por políticas mais de acordo com o interesse nacional.

Qual é o seu eleitorado natural?
Não sei. Na minha candidatura tenho pessoas do PS, do CDS e do PSD.

Mas é uma pessoa de esquerda.
Sou. Continuo a considerar-me uma pessoa de esquerda, mas também considero que a maioria dos problemas que o país tem não são de esquerda nem de direita. Os erros que foram cometidos não são de esquerda nem de direita. O desemprego não é de esquerda nem de direita. Eu tenho apoio de gente do CDS.

Não tem é os chamados notáveis consigo. Não conseguiu convencer mais pessoas?
Tenho alguns. O Mira Amaral, o Medina Carreira. Tenho muitos que me apoiam na sombra. Reconheço que a minha candidatura pode causar alguma estranheza, porque as pessoas estão tão habituadas a que quem manda são os partidos que não concebem que fora dos partidos se possa fazer seja o que for.

Sampaio da Nóvoa tem o apoio dos três ex-Presidentes. Isto é uma vantagem?
Sim. É legítimo que os portugueses sejam influenciados por isso. Claro que convido os mesmos portugueses a pensarem que foram os três Presidentes do sistema que nos conduziu até aqui. Se quiserem continuar nesse sistema, se quiserem continuar com esta desgraçada promiscuidade entre os negócios e política, é continuarem...

O discurso de Sampaio da Nóvoa também é claramente contra essas relações de promiscuidade...
Era melhor que ele viesse dizer que defendia isso. Mas eu gostaria de o ter visto a distanciar-se, falando alto e grosso, durante os últimos 12 anos. Ele não nasceu agora. Como, aliás, as elites portuguesas em geral. Os últimos 15 anos foram uma destruição permanente de riqueza, atraso, endividamento, empobrecimento. Só não viu quem não quis.

Sampaio da Nóvoa tem essa fragilidade?
Acho que sim.

Surpreende-o o apoio do PS a Sampaio da Nóvoa?
O PS não quer enfrentar a realidade. O PS teve seis anos desgraçados. O normal teria sido que viesse outra equipa, que limpasse a casa dos erros do passado e se apresentasse de cara limpa. Isso não aconteceu e temos as mesmas pessoas. A dificuldade que o PS está a ter em subir nas sondagens tem a ver com isso. Foram fracos, não se distanciaram.

E não tem que ver com o facto de Sócrates estar preso preventivamente?
Se for condenado ou se for acusado, isso causa um rombo no PS, mas causa porque foram fracos e não se distanciaram. Não souberam distinguir o bem do mal. Não há nada mais básico na sociedade e no ser humano do que a distinção entre o bem e o mal. O PS não reconhece o mal ou não distingue o mal do bem. Mas eu prefiro que a campanha se faça à base dos problemas do país. Se dependesse de mim, esse tema não entraria na campanha, porque os problemas do país são muito sérios. Eu já apresentei uma estratégia para o país...

Esse não é o papel dos partidos?
O que pretendo é dizer aos portugueses que o país tem soluções e que não é verdade que não haja soluções ou que só haja uma solução. Há muitas. Devem ser os governos a assumir essas soluções.

Mas tendo uma posição crítica em relação a quase todos os governos, não é previsível que tenha uma relação conflituosa com o próximo?
Creio que não. Ao longo da minha vida, nunca deixei de dizer aquilo que pensava, mas procuro sempre o consenso e pontes de compreensão. O grande problema dos partidos é que eles cortaram as pontes com a sociedade. Um dos grandes objectivos que eu tenho é trazer os empresários para a definição de políticas. É impensável que os empresários estejam tão afastados da vida política. São eles que criam a riqueza. Os partidos chamam economistas para fazerem os programas, mas não chamam empresários. Como se explica isto?

Há um preconceito em relação aos empresários?
Há. É que os empresários sabem mais, têm mais experiência, podem provar o que fizeram, e os políticos não podem. Ou melhor, os políticos só podem provar que nos conduziram até esta desgraça.


*


Henrique Neto sabe que a reanimação da economia do País não se pode fazer à custa do consumo interno porque as pessoas, se tiverem maior disponibilidade financeira, vão desatar a adquirir produtos importados — roupas de marcas estrangeiras, televisores de plasma, consolas de jogos, smartphones americanos, sul-coreanos ou japoneses, automóveis alemães, ...

Além de ser um bom avaliador de políticas económicas, Neto também sabe apreciar caracteres e no de José Sócrates destacava-se a prepotência, a aldrabice, a ostentação e a ausência de escrúpulos, pelo que nada de bom se podia augurar da sua governação.

Sendo um operário que estudava à noite e acabou por se tornar um empresário, conhece as tentações mas também as dificuldades por que passam as pequenas e médias empresas que, será bom não esquecer, constituem a maior parte do tecido empresarial português e, por isso, podem ser grandes criadoras de emprego em Portugal.
E, ao contrário dos outros deputados socialistas, nunca idolatrou José Sócrates, nem alienou a sua liberdade de opinião para conservar o lugar na assembleia da República ou ganhar prebendas, optando por defender o desenvolvimento económico do distrito que o elegeu para o parlamento.

Henrique Neto nunca aceitará que os partidos políticos façam promessas falsas ao eleitorado. Até agora é, sem dúvida, o melhor candidato presidencial.

Um comentário à entrevista resume os últimos 40 anos da política portuguesa:


SIULUX • há 3 horas
Não sou e nunca serei socialista, mas votaria em Henrique Neto! Porque ele também quer eliminar a gangrena de Portugal como escrevi há anos:

QUARTA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2010
A nossa luta: erradicar a gangrena de Portugal!
Como já escrevi há mais de 30 anos, Portugal nunca foi capaz de se libertar dos "bufos e dos chulos" que haviam servido Salazar e a ditadura, mas pior que esses foram os parasitas e sanguessugas "perfilhados", adoptados e "paridos" pela democracia, desde 25 de Abril de 1974.

Primeiro foi a democracia "proletária" da foice e do martelo que meia dúzia de gatos pingados conseguiram, graças às conivências e complacências dos mentores do PREC, COPCON e dos larápios da propriedade privada que, para compensar a descolonização cobarde, se apropriaram de milhares de hectares de terrenos de cultivo, a pretexto de uma reforma agrária igualitária. Era a única forma de contentar os "operários" que se armavam em revolucionários e erguiam o punho ameaçador, quando o PC e os partidos esquerdistas precisavam de capangas para intimidar os "reaccionários".

Depois tivemos uma década de "mama" comunitária com a adesão à, então, CEE e os governos do PSD liderados por Cavaco Silva, em que alguns "laranjinhas" puderam entrar para a função pública, saneando e vingando-se dos "comunas" e dos otários que o compadrio reinante havia premiado.

Finalmente, e depois da travessia do deserto, surgiram os "boys" cor-de-rosa a reclamar "jobs" ao engenheiro Guterres e, aí sim, foi o descalabro total, como o próprio reconheceu ao fugir como um rato no meio de um pântano de promiscuidade e opacidade.

Se alguém pensou que os "meninos e as meninas" do partido da rosa estavam fartos, enganou-se porque, com o golpe de Estado constitucional do Presidente Sampaio e a consequente eleição de um "boy" genuíno e com pedegree "apparatchick", foi fartar vilanagem, como provam as escutas "casuais" deste caudilho "sui generis" engendrado pelo socialismo da chupeta e da esmola, com que o "general" foi matando a fome aos inúteis e aos "boys" que, por falta de bestunto e de "canudo", nunca conseguiram arranjar assento à mesa dos "eleitos" da grande confraria PS.

É esta promiscuidade e a consequente opacidade que há mais de 35 anos vem gangrenando o Estado e saqueando impunemente a república portuguesa, para mal do nosso futuro.

Agora, face a esta ameaça fatal, ou exercemos corajosamente a nossa responsabilidade e erradicamos de vez este problema cultural e social ou nos acovardamos e nos tornamos cúmplices da morte lenta da pátria-mãe, que nunca foi merecedora de filhos tão degenerados.

Hoje, sob pena de não conhecermos os arcos-íris de amanhã, é nosso dever lutar para erradicar a gangrena de Portugal.


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